27 abril 2011

A cidadania entre os gregos

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A cidadania era muito mais imediata e tangível para um ateniense do que para o cidadão de uma nação moderna. Nenhuma desgraça podia ser maior que a perda dos direitos de cidadão. O ateniense vivia numa cidade cujo corpo de cidadãos nunca passou de 50 mil (aproximadamente a oitava parte da população total, por volta do ano 400 a.C).
Todo ano havia para o cidadão ateniense a expectativa de servir no exército ou na frota. Todo ano poderia reunir-se com outros milhares na Eclésia ou ser colocado na lista anual de 6 mil pessoas entre as quais, segundo as necessidades, eram sorteados os jurados para os tribunais populares. No mundo grego antigo, porém, isso significava que Atenas tinha uma população de cidadãos bem maior que a de qualquer outro das centenas de estados gregos espalhados desde a Espanha até o sul da Rússia de hoje.
Além disso, Atenas era uma cidade extraordinariamente cosmopolita. Um ateniense podia observar milhares de imigrantes temporários ou permanentes de outras cidades gregas ou de terras não gregas trabalhando à sua volta, muitas vezes fazendo exatamente o mesmo trabalho que ele sem, contudo, compartilhar de nenhum de seus direitos de cidadão. A característica mais marcante da cidadania do ateniense é que, quando viaja para além dos limites de sua própria polis, era imediatamente privado de seus direitos políticos.
As póles gregas mantiveram seu sentido de comunidade política através de leis de cidadania estritas e geralmente exclusivas. Atenas tinha leis de cidadania que eram estritas até pelos padrões gregos.

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