20 maio 2011
Aristóteles
Para Aristóteles existia uma base física da hereditariedade no sêmen produzido pelos pais. Essa idéia foi fundamental para o desenvolvimento posterior da Genética, pois, a partir da sua proposição, passou-se a considerar a hereditariedade como resultada da transmissão de algum tipo de substância pelos pais.
O termo “sêmen” foi usado por Aristóteles com o sentido de semente. Atualmente, o termo corresponde seria gametas, cujo papel na reprodução só foi estabelecido em meados do século XIX.
Aristóteles conhecia a proposição da pangênese, mas, apesar de relacionar argumentos importantes que apoiavam a pangênese como uma proposição plausível, ele a rejeitou.
Algumas características não estruturais, como a voz ou o jeito de andar, freqüentemente herdadas, levaram Aristóteles a se perguntar a respeito da maneira por meio da qual se produziria material para o sêmen para tais características. Além disso, observou, por exemplo, que filhos de pais com cabelos e barbas grisalhos não são grisalhos ao nascer.
As evidências mais importantes que refutaram tanto a pangênese de Hipócratas como aquela de Darwin, cerca de dois mil anos mais tarde, estavam ligadas à não transmissividade das deficiências provocadas pelas mutilações; plantas mutiladas produziam descendência perfeita, assim como homens que haviam perdido partes do corpo.
Aristóteles era um cientista à frente de seu tempo. Ele propôs uma hipótese que, embora vaga, ainda é considerada verdadeira.
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