02 junho 2011

Tratamento da água

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Água potável é aquela que pode ser consumida pelas pessoas, sem pôr em risco sua saúde, e que apresenta certas características físicas, químicas e bacteriológicas que são padronizadas nas Estações de Tratamento de Água (ETAs). A água captada pelas ETAs para tratamento e posterior distribuição provém de vários mananciais, como rios, represas, lagos ou subsolo, e está sujeita à poluição.

A água que evapora para a atmosfera (proveniente de oceanos, lagos, rios etc.) entra em contato com os gases poluentes produzidos pelos veículos de transporte e pelas indústrias (como os óxidos de enxofre e nitrogênio). Quando essa água precipita na forma de chuva, neve ou granizo, ela reage com esses compostos tóxicos, dando origem às chuvas ácidas que vão contaminar as águas destinadas às ETAs. A água proveniente de precipitações, ao atravessar a atmosfera, arrasta as partículas sólidas que se encontram em suspensão.

A água, ao penetrar no solo, pode dissolver e arrastar compostos químicos tóxicos e matéria orgânica das mais diversas origens, poluindo as reservas subterrâneas. Muitas vezes, as águas de rios e represas destinadas às ETAs recebem diretamente resíduos domésticos, que são recolhidos por sistemas de esgotos (oficiais ou clandestinos), causando turvação e contaminação da água. Diante de todos esses fatores, antes de ser distribuída para as residências, a água precisa passar por uma série de tratamentos para melhorar seu aspecto e eliminar os tipos mais comuns de contaminantes. A água captada nos mananciais é encaminhada através de túneis para o tanque de entrada das ETAs.

Grades colocadas em lugares estratégicos impedem a passagem de peixes, plantas e detritos. Conforme as condições locais, essa captação é feita aproveitando-se a ação da gravidade ou, quando isso não é possível, com o auxílio de bombas que elevam a água captada a um nível de cerca de seis metros acima do manancial para que ela seja levada a correr pela ação da gravidade por um sistema de grades que faz uma filtração prévia. Iniciam-se então os seguintes tratamentos.

A quantidade de água de um rio ou de uma represa depende da quantidade de chuva na região e, portanto, da estação climática. Durante um período de estiagem, o nível de água costuma baixar muito. Quando isso ocorre, normalmente falta água na cidade. Por isso é preciso armazenar a água durante os períodos de chuva, para que ela não venha a faltar na época da estiagem. Isso é feito em reservatórios próprios ou, algumas vezes, em barragens e açudes.

Substancias: Muitas das impurezas contidas na água ficam dispersas uniformemente, não sofrendo sedimentação pela ação da gravidade (são de natureza coloidal). Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de as partículas possuírem a mesma carga elétrica e, portanto, sofrerem repulsão mútua. Isso impede que elas se aproximem e se choquem, formando aglomerados de dimensões maiores que poderiam precipitar naturalmente. Para resolver o problema, adicionam-se os chamados coagulantes químicos, que neutralizam a carga elétrica das partículas, promovendo a colisão entre elas, num processo denominado coagulação ou floculação.
O óxido de cálcio reage com a água formando hidróxido de cálcio.
1 CaO(s) + 1 H2O(l)  1 Ca(OH)2(aq)
O sulfato de alumínio reage com o hidróxido de cálcio formando hidróxido de alumínio, Al(OH)3(ppt), que promove a aglutinação dos partículas em suspensão ou em dispersão coloidal, facilitando sua deposição sob a forma de flóculos.
1 Al2(SO4)3(aq) + 3 Ca(OH)2(aq)  2 Al(OH)3(ppt) + 3 CaSO4(aq)

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