17 maio 2011
Alexandre Herculano
Em busca das origens:
Um exército de homens, montados em cavalos e armados com lanças, atiradeiras e escudos, põe-se em fileira.
Em suas bandeiras vêem-se brasões e o símbolo da cruz. À sua frente, coloca-se outro exército de homens de feições diferentes, com turbantes na cabeça, roupas compridas e largas, falando uma língua estranha e defendendo um deus diferente: Alá.
Não se trata de um filme da “sessão da tarde” na televisão, embora esse seja um tema de filme de aventura. Trata-se d uma das situações criadas por Alexandre Herculano (1810-1877), escritor português que se interessou por temas históricos, principalmente aqueles cujo cenário é a Idade Média, mundo de fantasias em que cavaleiros heróicos lutam contra o exército árabe e procuram salvar donzelas indefesas.
Embora tenha cultivado também a poesia, foi na prosa de ficção que Alexandre Herculano deixou sua maior contribuição. Nela o autor fez o uso de seu largo conhecimento da história de Portugal, particularmente a relativa à Idade Média, introduzindo o romance histórico no país. Esse gênero renovou e revigorou a prosa de ficção portuguesa, dado o desgaste das novelas de cavalaria e das novelas sentimentais. Herculano é autor dos romances O bobo (situado no século XII), Eurico, o presbítero (situado no século VII) e O monge de Cister (situado no século XVI).
Como contista, publicou Lendas e narrativas, também de ambientação medieval.
Nessas obras, misturando-se a fatos históricos devidamente documentados, a matéria literária (trama texto para dar vazão às suas idéias sociais, filosóficas, religiosas e nacionalistas.
Alexandre Herculano ainda deixou contribuições à cultura no campo do ensaio, do jornalismo e da historiografia. Como historiador, publicou História de Portugal e Estabelecimento da Inquisição em Portugal.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postar um comentário