06 junho 2012

Diferenças persistentes

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Somando pardos e pretos, os negros são a maioria da população, mas ainda sofrem discriminação.

Os negros são a maioria na população brasileira, na soma das pessoas que se autodeclaram pretas e pardas no Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Esta é a primeira vez que isso ocorre desde o início do século XX. Apesar de elees somarem parte tão significativa da sociedade, há indicadores claros de sigualdade que prejudica essas parcela da população.

Discutir discriminação racial no Brasil- particularmente no que se refere aos negros- é a tarefa cheia de meandros. A começar pelo termo "racial", pois para a biologia e a antropologia atuais é equivocada usar o conceito de raça humana, pois o desenvolvimento da genética permitiu constatar que indivíduos de diferentes populações e cores podem ter a maioria de seus genes vindos da África, e vice-versa.

A complexidade segue no levantamento da composição da população brasileira. Nas pesquisas do IBGE não utiliza a expressão "negro". As categorias adotadas nas entrevistas para cor são branca, preta, amarela (pessoas de origem japonesa, chinesa, coreana), indígena e parda (mestiços de preto com pessoa de qualquer outra cor). No entanto, na discussão de problemas e políticas sociais, como as desigualdades, órgãos públicos, privados e a sociedade, de modo geral, empregam a expressão "negro" como a soma de pardos e pretos,uma definição adotada, também, nesta publicação.

Definir a cor de um indivíduo também é uma questão delicada em um país como o Brasil, de alto grau de miscigenação.
O IBGE emprega um método tradicionalmente usado na América Latina, em que o entrevistado declara, ele próprio, a categoria em que se adequa.

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