06 junho 2012

O avanço dos transgênicos

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Desde que as sementes geneticamente modificadas chegaram às lavouras, há 15 anos, sua área de plantio não parou mais de crescer.

Em 2012, o mundo comemora os 16 anos da comercialização de organismos geneticamente modificados com números impressionantes: somando tudo o que já foi plantado no decorrer desta década e meia, os transgênicos já passaram por 1 bilhão de hectares de terras do planeta- ára maior que a do território chinês, equivalente a 10% de tudo o que é usado pela agricultura no mundo.

Existem hoje quase 15,5 milhões de fazendeiros, distribuidos por 29 países, que plantam sementes transgênicas em 148 milhões de hectares. Os dados são do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia.

Bem, a palavra "comemora", no parágro acima, é força de expressão, pois nem todos festejam esse cenário. Apresentados pelas grandes corporações do setor de biotecnologia como um avanço de sucesso contra a fome, os transgênicos são criticados tanto por questões ambientais e de saúde humana quanto pelas implicações econômicas de seu uso.

Transgênicos são organismos com o código genético modificado por meio da introdução de genes de uma ou mais espécies diferentes. A ideia é que o organismo apresente uma nova propriedade, como resistência a pragas, maior valor nutritivo e maior produtividade. Desde o êxito dos primeiros testes, feitos nos Estados Unidos nos anos de 1970, os cientistas já criaram uma infinidade de organismos desse tipo, para os mais diversos usos - de bactérias para biodegradação de lixo e esgoto, ou recuperação de solos contaminados, a sementes para cultivo de plantas em larga escala.

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