O fundamentalismo islâmico contemporâneo surgiu com o grupo Irmandade Muçulmana, a maior e mais antiga organização islâmica do Egito, fundada em 1928 para difundir as ideias religiosas, promover o assistencialismo e rejeitar as influências ocidentais.
Mas, no anos 1940, o grupo enveredou para a luta armada. Passou a combater o domínio colonial britânico e, com a indepedência, seu maior inimigo passou a ser a ditadura militar do Egito.
Em 1954, após uma tentativa fracassada de matar o presidente egípcio, o coronel Gamal Abdel Nasser, a Irmandade foi posta na ilegalidade. Seguiu-se um período de feroz repressão aos integrantes do grupo.
Datam dessa época os escritos de Sayyid Qutb, o principal pensador da Irmandade, defendendo a jihad (Guerra Santa) contra o Ocidente. Qutb foi executado no Cairo, em 1966. Suas ideias influenciam até hoje grupos fundamentalistas, como a Al Qaeda.
No Oriente Médio já existiam diversos Estados teocráticos, como a Arábia Saudita, mas com a Revolução Islâmica no Irã, em 1979, os fundamentalistas muçulmanos chegaram pela primeira vez ao poder.
No Estado teocrático iraniano, a doutrina islâmica confunde-se com as leis do Estado, e é imposta a todos os cidadãos. O país conta com um presidente eleito, mas a autoridade máxima é o líder religioso supremo (aiatolá).
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